O Coronavírus pode ser transmitido através dos alimentos?

Muito pode se discutir acerca do cenário atual, porém é inegável estarmos diante de uma pandemia, o que traz insegurança, incerteza e desespero às pessoas. Assim, com base em texto muito bem escrito pelo site Huffpost Brasil e vídeo gravado por nosso ilustre colega biomédico e microbiologista Dr. Eneo Alves da Silva Jr. trazemos algumas informações sobre o coronavírus relacionadas à alimentos.

Antes de tudo – NADA DE PÂNICO COM A SEGURANÇA ALIMENTAR!

Apesar da doença se espalhar através de gotículas ao espirrar, tossir ou exalar, porém ainda não encontrou-se evidências de transmissão do COVID-19 via alimentos, assim como outros vírus respiratórios. Não há alimentos a serem evitados por oferecerem risco de transmissão, mas sim comportamento de risco por conta do contato pessoa a pessoa, assim como em qualquer ambiente. 

Porém, é essencial manter as boas práticas de manipulação de alimentos em casa – lavar as mãos e superfícies com frequência, evitar preparar alimentos aos outros se apresentar manifestações clínicas, separar a carne crua de outros alimentos, fazer com que o processo de cocção chegue a 75ºC no preparo dos alimentos, respeitar as orientações de conservação dos alimentos por parte dos fabricantes, conservar alimentos prontos sob refrigeração. Esses cuidados ajudam em relação a uma grande variedade de agentes causadores de doenças transmitidas por alimentos. Também manter boa alimentação, hábitos saudáveis e descanso adequado auxilia em manter a saúde em dia. 

LAVE AS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO OU DETERGENTE O TEMPO TODO! O álcool em gel 70ºGL só possui boa eficiência APÓS uma boa lavagem das mãos. Nossa pele possui gordura e, no caso de usar somente o álcool em gel, sua eficiência é reduzida. 

O uso de máscaras deve ser com muito critério pois a trama de suas fibras é maior que o tamanho do vírus. Ainda, a máscara após 30 minutos umedece facilitando proliferação de microrganismos e acumula gás carbônico, fazendo a pessoa tossir mais.  

Começa uma verdadeira corrida aos supermercados em busca de alimentos e produtos desinfetantes para estoque emergencial por medo de acesso futuro. É pertinente ter um excedente de alimentos para imprevistos, porém não se faz necessário fazer estoques apocalípticos, levando inclusive a inflação de preços por aumento de procura e diminuição de disponibilidade. A indicação de estoque extra justifica-se mais por conta de possíveis escassez de mão-de-obra que alimentos contaminados. Ainda, volumes excessivos podem levar a desperdício por vencerem antes do consumo. 

Apesar de poucas informações sobre o COVID-19 é possível acompanhar através desses canais informações atualizadas e confiáveis: Organização Mundial da SaúdeCentros para Controle e Prevenção de Doenças , Institutos Nacionais de Saúde e autoridades de saúde pública da sua cidade e estado.

Com bom senso, mudança de comportamento, higiene pessoal e senso de coletividade farão com que a gente vença mais essa pandemia.

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André Luiz Assi

Editor Adjunto e Consultor Técnico em Revista Higiene Alimentar
Médico Veterinário, graduado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – USP. Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – USP. MBA em Marketing e Vendas nas Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU. Professor no curso de graduação de medicina veterinária nas Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e em cursos de pós graduação e especialização. Auditor líder FSSC 22000 (IRCA). Consultor técnico e editor adjunto da Revista Higiene Alimentar.

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