Ganho de peso em mulheres durante o período da gestação: uma revisão

Revista Higiene Alimentar, V. 34 (291): e1036, jun/dez 2020 – DOI: 10.37585/HA2020.02ganho

WEIGHT GAIN IN WOMEN DURING THE PREGNANCY PERIOD: A REVIEW

Beatrice Porta Guimarães¹

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM, São Paulo – SP, Brasil

https://orcid.org/0000-0003-4745-9268

beatrice.pg@outlook.com

Fernanda Rampazzi Loiola²

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM, São Paulo – SP, Brasil

https://orcid.org/0000-0002-6945-8381

feloiola@hotmail.com

 Profª. Orientadora Daniela Maria Alves Chaud³

Universidade Presbiteriana Mackenzie – UPM, São Paulo – SP, Brasil

https://orcid.org/0000-0001-7405-8801

daniela.chaud@mackenzie.br

¹ Escrita do Projeto e do Trabalho Final. Busca, Bibliográfica.

² Escrita do Projeto e do Trabalho Final. Atualização Bibliográfica e Incorporação das normas técnicas.

³ Acompanhamento de todas as etapas e formatação do artigo. 

 

RESUMO: O ganho de peso na gravidez é inevitável devido às alterações sofridas pelo corpo para poder acomodar o feto em formação. Essas mudanças decorrem, principalmente, do aumento da produção de certos hormônios, que controlam as alterações físicas. Entretanto, o ganho excessivo de massa se torna comum entre gestantes e pode trazer prejuízos tanto para elas, quanto para o feto em desenvolvimento. O bebê também pode sofrer com o aumento de peso, sendo um dos resultados mais comuns a macrossomia fetal. O objetivo deste trabalho foi analisar os fatores que levam ao ganho de peso nas mulheres durante a gravidez e o período pós-parto. O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica de artigos publicados entre 2013 e 2018, realizada no período de agosto a novembro de 2019. As informações foram coletadas através da base de dados Scientific Eletronic Library (SciELO) e os sujeitos em estudo eram mulheres gestantes ou puérperas habitantes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. Concluiu-se que o ganho excessivo de peso traz consequências tanto para a mulher, quanto para o feto, podendo resultar em grandes prejuízos a ambos, principalmente no período após o parto. É necessário que haja acompanhamento médico durante todas as fases da gestação e a realização de uma dieta que corresponda às necessidades da gestante e do seu filho, permitindo o seu desenvolvimento sem causar danos à sua saúde.

Palavras-chave: Diabetes gestacional. Gestantes. macrossomia Fetal. Sobrepeso.

 

ABSTRACT: Weight gain in pregnancy is inevitable due to changes in the body to accommodate the developing fetus. These changes are mainly due to the increased production of certain hormones that control physical changes. However, excessive mass gain becomes common among pregnant women and can cause harm to both women and the developing fetus. The baby may also suffer from weight gain, one of the most common outcomes being fetal macrosomia. The aim of this study was to analyze the factors leading to weight gain in women during pregnancy and the postpartum period. This study is a bibliographic review of articles published between 2013 and 2018, carried out from August to November 2019. The information was collected through the Scientific Electronic Library (SciELO) database and the subjects were pregnant or postpartum women living in the South, Southeast and Northeast regions of Brazil. It was concluded that excessive weight gain hasconsequences for both women and the fetus, and may result in great harm to both,especially in the postpartum period. Medical follow-up is required during all stages of pregnancy and a diet that meets the needs of the pregnant woman and her child, allowing her to develop without causing harm to her health.

 Keywords: Diabetes Gestational. Fetal macrosomia. Overweight. Pregnant women.

 

1 INTRODUÇÃO

A gravidez consiste no período de aproximadamente 40 semanas em que um embrião se desenvolve no útero de uma mulher. Normalmente, ela apresenta alguns sintomas como alterações de humor e de apetite, sonolência e certa indisposição causada pelos níveis elevados de hormônios reprodutivos. É uma experiência que envolve, além da expectativa pela chegada do bebê, várias mudanças no corpo que são necessárias tanto para suportar a gestação, quanto para manter a saúde da grávida (SOGESP, 2018).

A primeira fase da gestação se refere ao primeiro trimestre, período geralmente marcado por sintomas semelhantes aos da tensão pré-menstrual, como o inchaço dos seios, sonolência, cansaço, náuseas, vontade excessiva de urinar e o desejo e repulsa por certos alimentos. Ao final desta fase, a cabeça do embrião já está bem delineada (SOGESP, 2018).

A segunda fase ocorre do quarto ao sexto mês, quando o feto começa a reagir a estímulos e desenvolve a audição, o olfato, o tato e o paladar. As estruturas principais dos seus órgãos completam a sua formação, surgem os primeiros fios de cabelo e, por volta do quinto mês, já é possível saber o seu sexo. A mulher passa a sentir menos vontade de urinar e pode ter constipação intestinal (SOGESP, 2018).

A terceira e última fase corresponde ao terceiro semestre. O feto começa a perceber a luz e, no nono mês, se movimenta menos e ganha peso, preparando-se para o seu nascimento. A gestante pode sentir falta de ar ou dificuldades para respirar durante este período (SOGESP, 2018).

A alimentação saudável durante e, idealmente, anterior à gravidez, é importante não apenas em relação aos efeitos a curto prazo na saúde da mãe e do filho, mas também nos efeitos a longo prazo na saúde da criança. Estudos apontam que a nutrição e saúde durante a gestação e infância podem ter consequências sérias na vida adulta, por exemplo, o risco de desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (BENELAM, 2019).

Os princípios básicos de uma dieta saudável correspondem à variedade, à moderação e ao equilíbrio da alimentação (RECINE; RADELLI, 2001), e devem ser mantidos durante a gravidez. Porém, existem algumas vitaminas e minerais que devem ter uma participação especial na alimentação durante este período.

A suplementação de ácido fólico é recomendada durante as 12 primeiras semanas da gestação, pois ajuda a prevenir defeitos no tubo neural do bebê. A necessidade pela forma natural do ácido fólico, o folato, é maior durante a gravidez, portanto é bom que mulheres grávidas consumam regularmente alimentos ricos neste nutriente, como laranjas, frutas silvestres, folhas verdes, beterraba, feijões e pão integral (BENELAM, 2019).

A vitamina D atua com o cálcio, aumentando sua absorção. Dessa forma, ter boas doses de ambos é importante tanto para a formação óssea do bebê quanto para garantir a saúde óssea da grávida. Nesse sentido, recomenda-se o consumo de alimentos como leite, queijo, iogurte, folhas verdes, peixes oleosos e laranja (MONTEIRO, 2016).

O ferro é um dos nutrientes mais recomendados, não apenas nos primeiros anos de vida, mas também durante a gravidez. Esse nutriente atua fortemente no desenvolvimento adequado do feto, ajuda a estimular o desenvolvimento cerebral do bebê, que é bastante intenso, principalmente no início da gestação. Ele também influencia o desenvolvimento muscular, além de trazer um importante benefício, a prevenção de anemia durante a gravidez e até mesmo nos primeiros meses. Assim, é importante o consumo de alimentos como carnes vermelhas, peixes, gema de ovo, leguminosas, oleaginosas e frutas secas, ricos em ferro (DOMELLÖF, 2017).

Há uma alta prevalência de constipação intestinal entre as gestantes. Acredita-se que isto está relacionado aos fatores hormonais, como o elevado nível de progesterona, que mantém o relaxamento da musculatura lisa e afeta não só o útero, mas todos os músculos lisos, inclusive o intestino. Além disso, o baixo consumo de fibras e de água agravam este quadro (SAFFIOTI et al., 2011).

Durante esse período, também é importante evitar ou reduzir o consumo de certos alimentos por motivos de segurança. Derivados de leite não pasteurizados podem conter bactérias que causam intoxicação alimentar; ovos crus ou pouco cozidos, devido ao risco de conter salmonella e outras bactérias; carnes cruas, mal passadas ou curadas, podem conter parasitas causadores de toxoplasmose; vísceras, como fígado ou na forma de patês, podem conter bactérias e altos níveis de vitamina A, nutriente que pode causar o aparecimento de malformações no feto, como lábio e palato fendidos e defeitos no cérebro e coração, quando consumido em excesso; peixes, como tubarão, marlim e peixe-espada, podem conter níveis mais altos de mercúrio do que outros peixes; mariscos crus podem conter bactérias causadoras de intoxicação alimentar; alcaçuz, pois contém uma substância chamada glicirrizina, que pode causar danos ao embrião e, por último a cafeína, pois seu consumo em excesso está associado ao baixo peso ao nascer, portanto deve ser limitado a 200 mg por dia. O consumo de álcool deve ser completamente evitado pelo risco de causar danos graves e permanentes ao embrião (BENELAM, 2019; ROTHMAN et al., 1995).

Além de uma boa alimentação, a grávida também deve praticar atividades físicas, pois estas proporcionam vários benefícios, como a redução da duração do trabalho de parto, a diminuição do tempo de recuperação pós-parto e o auxílio na manutenção do peso após o parto. Alguns estudos apontam que esta prática também está associada à redução das taxas de colesterol e a melhora de sintomas depressivos (SOGESP, 2018).

Durante a gestação, uma mulher saudável ganha cerca de 12,5 kg. Este ganho se deve às diversas alterações fisiológicas características deste período, como a formação dos produtos da concepção, ou seja, o feto, a placenta e o fluido amniótico; o acúmulo de tecidos maternos e a reserva de gordura corporal materna. O feto representa cerca de 25% do ganho total de peso, a placenta 5% e o fluido amniótico 6%. O aumento dos tecidos maternos corresponde a dois terços do ganho ponderal. Dos 12,5 kg acumulados na gravidez, aproximadamente 3,5 kg correspondem ao acúmulo de tecido adiposo, que atua como uma reserva energética para suprir longos períodos de jejum (DREHMER; SCHMIDT; CAMEY, 2010).

Recomenda-se que gestantes com baixo peso ganhem 510 g por semana; as eutróficas, 420 g por semana; as com sobrepeso, 280 g por semana e as obesas, 220 g por semana (INSTITUTE OF MEDICINE, 2009). Os filhos de mulheres que ganham peso dentro dos limites propostos têm mais chance de nascerem com peso adequado. No entanto, cerca de dois terços das grávidas ganham mais peso do que o recomendado, o que eleva o risco de complicações na gestação e contribui para a retenção de peso após o parto (MELO, 2011).

A hipertensão materna é a principal causa de insuficiência placentária, condição em que há uma má-formação da placenta e que prejudica as trocas de nutrientes entre a mãe e o feto (PONTES, BONFIM, 2015).

A retenção do peso pós-parto é a diferença do peso materno após o parto e o peso anterior ao período gestacional. O ganho excessivo de peso gestacional é o fator mais frequentemente associado à retenção e aumenta o risco de obesidade em mulheres em idade reprodutiva (DREHMER; SCHMIDT; CAMEY, 2010).

Para retomar o peso anterior, a amamentação é fundamental. Além de trazer benefícios à saúde da criança, por ser uma fonte importante de nutrientes, o ato também traz vantagens ao corpo da mãe, pois para a produção de leite, o corpo queima uma grande quantidade de calorias e utiliza reservas energéticas. Quando o bebê suga o seio, o corpo libera ocitocina, que age na contração uterina, fazendo com que o útero volte ao tamanho normal (BRASIL, 2016).

A manutenção de uma dieta balanceada também é imprescindível. Para a produção do leite é importante a ingestão de calorias e líquidos além do habitual, sendo um consumo extra de 500 calorias por dia o suficiente, tendo em vista que a maioria das mulheres armazena de 2 a 4kg durante a gestação para serem utilizados na lactação. Recomenda-se o consumo de pães, cereais, frutas, legumes, derivados de leite e carne, conforme as preferências, hábitos culturais e acessibilidade (BRASIL, 2016).

A obesidade durante o período gestacional aumenta o risco de ocorrência de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) em até três vezes, devido à elevação da resistência à insulina característico da gravidez, que acontece de forma exacerbada em mulheres obesas, favorecendo o desenvolvimento da doença. Gestantes obesas também estão mais expostas ao risco de parto pós-termo e infecções no trato urinário (MELO, 2011).

Os filhos de gestantes obesas podem vir a sofrer de macrossomia fetal, pois existe uma relação direta entre o IMC (índice de massa corporal) e o risco desta (MELO, 2011). A macrossomia corresponde a uma condição em que um recém-nascido nasce com o peso superior ou igual a 4000g e isso pode trazer complicações tanto à sua saúde, quanto à da sua mãe (RIBEIRO; COSTA; DIAS, 2017).

O IMC de uma gestante deve ser avaliado de maneira especial, tendo sempre como referência a idade gestacional do feto. O IMC de baixo peso varia entre os valores 19,9 e 25; o de peso adequado varia entre 20 a 29,2; o de sobrepeso varia entre 25 e 33,2 e o de obesidade varia entre 30,1 e 33,3; sendo que os menores valores de cada categoria correspondem ao IMC na 6ª semana da gestação e, o maior, na 42ª semana (BRASIL, 2017). O objetivo deste trabalho foi analisar estudos recentes abordam o ganho de peso durante o período gestacional e a sua influência tanto no desenvolvimento do feto quanto na saúde da mulher.

 

2 METODOLOGIA

 

Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada no período de agosto a novembro de 2019. Foram incluídos estudos realizados nas cidades de São Paulo e Jundiaí, no estado de São Paulo; as cidades de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia e a cidade de São Luís, no Maranhão.

As participantes dos estudos eram mulheres gestantes ou puérperas habitantes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, durante o período de 2013 a 2018.

A coleta de dados foi efetuada na base de dados Scientific Eletronic Library (SciELO) utilizando a combinação dos descritores: gestantes, aumento de massa, gestação, ganho de peso e puerpério.

Os dados dos estudos coletados foram organizados em uma tabela e categorizados de acordo com as características: autor e ano, local do estudo, população de estudo, objetivo, delineamento do estudo e principais resultados e conclusões.

 

 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Na busca bibliográfica foram obtidos 19 resultados, dentre os quais foram selecionados para a redação desta revisão somente 7 estudos, devido à sua maior relevância ao tema estudado, e se encontram na Tabela 1.

Em um estudo transversal, de base populacional, realizado por Gonçalves et al. em 2012 com 1.117 puérperas, foi observado o aumento do risco de hipertensão e diabetes nas pacientes de diferentes grupos de IMC e ganho de peso. No grupo onde o ganho de peso foi menor ou igual a 8kg, houve um aumento do risco de parto prematuro. No grupo com ganho maior ou igual a 17kg, observou-se que quanto maior o IMC no início e o ganho de massa durante a gestação, maior o risco de parto cirúrgico.

O estudo de Nunes em 2015 obteve alguns resultados semelhantes. Foi um estudo transversal, de base hospitalar, com 3.405 binômios de mães e seus recém-nascidos. O autor observou que o ganho de peso excessivo ocorreu em todas as categorias de IMC pré-gestacional, representando 49,6% da amostra. Observou-se, também, que o peso anterior à gestação apresentou uma elevada correlação com o ganho de peso ao final do período gestacional, e houve uma relação entre o aumento de massa na gestação e a via de parto, idade gestacional e peso do bebê ao nascer.

Por outro lado, em um estudo descritivo, transversal, quantitativo realizado por Fonseca et al. em 2014 com 712 gestantes, foi observada uma associação significativa entre as variáveis IMC inicial da gestante e peso do recém-nascido, em que as gestantes com peso excessivo apresentaram maior prevalência de recém-nascidos com o peso adequado e as gestantes com baixo peso tiveram menor prevalência de recém-nascidos com o peso adequado. Este dado mostra que o baixo peso em gestantes pode ser tão prejudicial quanto o excesso de peso, que nas gestantes deste estudo não resultou em macrossomia nos recém-nascidos.

Em conformidade com os resultados das demais pesquisas, um estudo de coorte realizado por Drehmer, Schmidt e Camey em 2010 com 3.063 gestantes verificou que o peso gestacional no 2º semestre impacta no peso do recém-nascido e o risco de prematuridade e cesárea aumentou, especialmente, quando o ganho de peso gestacional estava fora das recomendações durante o 3º trimestre, mesmo após o ajuste do IMC pré-gestacional e demais características maternas.

Entretanto, a análise de regressão linear feita por Sato e Fujimori em 2012 com 228 gestantes mostrou que apenas o ganho de peso total influenciou o peso do recém-nascido, e não foi observada uma associação significativa entre o peso ao nascer e o IMC materno inicial ou final, diferentemente dos achados dos estudos anteriormente citados.

Em um estudo transversal realizado por Magalhães et al. em 2015 com 328 mulheres grávidas, a prevalência de ganho de peso semanal excessivo nas gestantes do segundo e terceiro trimestre foi de 42,5%, percentual próximo ao do estudo de Nunes (2015). Entre os fatores determinantes de ganho ponderal excessivo estão: renda familiar menor que 1 salário mínimo e estado nutricional anterior à gravidez de obesidade ou sobrepeso. Estes resultados reforçam a importância do monitoramento do ganho ponderal durante a gestação e mostram que a situação socioeconômica de uma mulher também pode afetar o seu peso durante este período.

Em 2017, Chagas et al. realizou um estudo de coorte com 2.607 mulheres onde identificou que a elevação do ganho de peso gestacional correspondeu a um aumento significativo na retenção de peso pós-parto, enquanto a maior duração do aleitamento materno correspondeu à diminuição média da retenção de peso pós-parto. Os autores concluíram que independente do IMC pré-gestacional, o ganho de peso gestacional é fator de risco, e a duração do aleitamento materno é fator protetor para a retenção de peso pós-parto.

A partir desses resultados foi possível concluir que a maioria das grávidas teve um aumento de peso superior ao recomendado para o seu IMC e cerca de um terço delas apresentou excesso de peso ou obesidade no início da gravidez.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O ganho de peso é um sintoma normal da gestação e atua como fator de desenvolvimento do feto, porém quando acontece de forma excessiva pode trazer graves consequências tanto para a mulher, quanto para o bebê. O ganho excessivo de massa pode aumentar os riscos do surgimento de doenças como a obesidade, a hipertensão e a diabetes gestacional, além de se tornar um preditor para a retenção do peso da mulher no período pós-parto e aumentar os riscos do surgimento de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade na infância ou vida adulta do bebê.

A partir destas informações é possível concluir que a conscientização sobre os problemas envolvendo o ganho de peso em excesso em mulheres grávidas se torna essencial para evitar resultados indesejados da gestação. O acompanhamento médico deve ser realizado em todas as fases desse período, inclusive no puerpério, e a alimentação deve ser controlada de forma a atender todas as necessidades que a mulher e seu bebê possam vir a ter, porém sem comprometer a saúde de ambos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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