MENOS SAL É MAIS VIDA, QUEM MANDA A INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA USAR MENOS?

A expressão de adicionar “sal à vida” tornou-se tão internalizada que vai além de dar aquele toque de brilho ao dia a dia, e chega diretamente às cozinhas e aos pratos. Aquela pitada de sal, necessária e que sem dúvida realça os sabores, costuma não ter medida e ser ultrapassada nas refeições, com destaque para as comidas de rua, fast food e lanches que vão carregados daquela poeira, aromatizando e subtraindo aos poucos a saúde.

O sal, assim como o açúcar, está presente em tudo. O seu consumo, por vezes elevado, passa despercebido porque o limiar do espanto ou da rejeição se tornou mais permissível. Embora as autoridades de saúde em quase todos os países exijam a colocação de um texto distintivo nas embalagens e invólucros dos produtos que avise se este contém elevado teor de sódio, este ainda é comprado e consumido.

A principal fonte de sódio é o sal de cozinha (cloreto de sódio), mas outros temperos, como o glutamato de sódio, também o contêm. Estamos falando de sopas de pacote, batatas fritas, produtos de carne processada, molhos, aperitivos, salsichas e outros petiscos. O sódio, apesar de ser um nutriente essencial, aumenta o risco de doenças cardíacas, como acidente vascular cerebral, e morte prematura quando consumido em excesso. Sua ingestão excessiva é a principal causa de mortalidade relacionada à alimentação no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, causa quase dois milhões de mortes a cada ano. Embora o sal seja essencial em pequenas quantidades para funções vitais do corpo, como impulsos nervosos e movimentos musculares, o excesso de sal leva a complicações de saúde.

O relatório da OMS indica que a ingestão média diária de sódio em adultos é de 4.310 mg por dia, equivalente a 10,78 g de sal, o que é mais que o dobro do limite recomendado de 2.000 mg de sódio (5 g de sal) por dia.

Globalmente, os governos comprometeram-se a reduzir a ingestão nacional de sódio em 30% entre 2013 e 2025, mas estão longe do objetivo e o progresso tem sido lento. Apenas alguns países implementaram estratégias robustas de redução de sódio. Apesar de ser um passo fundamental para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.4 da ONU, que é reduzir as mortes por doenças não transmissíveis.

Fonte: FoodNewsLatam – Boletín informativo

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