O Brasil é exportador por natureza competitiva, mas precisa traçar o caminho assertivo no mercado internacional e trabalhar forte a imagem da carne
Os preços da carne exportada garantem rentabilidade maior do que a venda no mercado interno. No movimento da cadeia da pecuária a arroba do boi rompeu a chamada resistência dos R$160 reias a arroba, preço pago para o pecuarista. Com a economia estagnada o consumidor no mercado interno não absorve aumento de preços, não se recupera na ponta no mesmo ritmo, com a taxa de desemprego muito elevada o consumo vai em busca do perco baixo. Com essa dificuldade para repassar os custos para o consumidor fica desafiador para quem está nesta cadeia que é o frigorifico. O desafio é fazer a leitura sobre o momento e o que esperar dos próximos passos da indústria, se vamos assistir uma pulverização de plantas ou uma concentração ainda maior das grandes empresas.
O cenário exige que a indústria invista em tecnologia para aprimorar os processos, reduzir custos e buscar mais eficiência para ser competitiva.
O caminho é buscar a eficiência, desburocratizar a legislação, melhorar a imagem da nossa carne la fora, e ter na ponta do lápis, em cada dado jogado na nuvem, em cada processo moderno com o conceito da Indústria 4.0 a rastreabilidade, desde saber o que os animais estão comendo no campo até o perfil do consumidor que estará preparando a próxima refeição. Tudo isso vai representar a retomada do crescimento, da geração de emprego e renda com a sustentabilidade desejada pelo mundo de hoje e do futuro.
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