As condições favoráveis no mercado internacional devem permitir um crescimento de 10% das exportações brasileiras de carne bovina neste ano, avalia a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela entidade, o volume dos embarques aumentou 11% de janeiro a outubro ante o mesmo período de 2018, para 1,47 milhão de toneladas, e a receita dessas vendas avançou 8% na comparação, para US$ 5,7 bilhões
Embora a demanda da China por carne bovina brasileira venha apresentado um crescimento vigoroso neste quarto trimestre, as importações de outros mercados também colaboraram para a boa fase. As vendas para a Rússia, que retomou as compras de carne do Brasil neste ano, cresceram 694% de janeiro a outubro; para os Emirados Árabes a alta foi de 175%, para a Turquia chegou a 509%, para as Filipinas atingiu 43% e para o Uruguai, 84%.
Apenas em outubro, a China comprou 65 mil toneladas de carne bovina brasileira, 110% mais que no mesmo mês de 2018 e novo recorde mensal. Entretanto, diz a Abrafrigo, esse volume serviu sobretudo para compensar as reduções que vem ocorrendo nas importações da cidade estado de Hong Kong.
De janeiro a outubro, as compras chinesas somaram 603,75 mil toneladas, ante 585,29 mil de igual período de 2018. A Abrafrigo destacou que, percentualmente a China está representando menos para o Brasil do que no ano passado: em outubro de 2018, as compras chinesas representaram 44,1% do total, e a fatia caiu para 41 no mês passado.
A entidade prevê que 2020 também será positivo para o segmento com a abertura de novos mercados como a Indonésia e outros países do sudoeste asiático, além da possibilidade de os Estados Unidos reabrirem seu mercado para a carne in natura brasileira.
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