Em audiência na Câmara, ministra reforça segurança dos alimentos do país

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participaram nesta quarta-feira (30) de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados sobre o registro de defensivos agrícolas.

Na audiência, a ministra antecipou parte dos resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes de 2018. Segundo ela, 97% dos produtos vegetais analisados estavam dentro dos limites de resíduos. Os dados completos, conforme a ministra, serão divulgados no próximo mês.

A ministra disse que os resultados mostram que os alimentos consumidos são seguros. “Não podemos deixar nossa população em pânico. Não come isso nem aquilo. Tem legislação e é cumprida”, disse. “A população brasileira pode ficar completamente tranquila com o que consome”, afirmou.

Tereza Cristina iniciou a apresentação explicando que o processo de registro de um defensivo agrícola no país permanece o mesmo, sem mudanças. E destacou que novos produtos chegam ao mercado somente após a aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta ordem.

Ela ressaltou que a questão dos defensivos deve ser debatida “com base na ciência e não no achismo”. Aos parlamentares, apresentou dados que demonstraram a evolução do Brasil na área agrícola graças ao uso de tecnologia, defensivos, investimentos em pesquisas e, principalmente, aumento da produtividade. Em 40 anos, a produção agropecuária nacional cresceu 388%, enquanto a área para os cultivos aumentou 33%.

Sobre a agricultura tradicional e orgânica, ela reforçou que não há oposição entre as duas práticas. “Elas são complementares e não excludentes”, ressaltou. A ministra anunciou que, em novembro, será lançada a Política Nacional de Bioinsumos, com o objetivo de incentivar o uso de defensivos biológicos.

Segundo a ministra, a tendência é o uso de defensivos cair no decorrer dos anos, com a substituição desses por outras formas de combate às pragas. “Daqui a 10 anos, não vamos estar mais debatendo o uso de pesticidas, mas sim a edição gênica, que será o grande futuro da agricultura no mundo”, disse.

Fonte: Mapa

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