Atualmente, o país ocupa a segunda posição, com uma produção que atende 800 milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2020, os Estados Unidos, líder do ranking, exportou 138 milhões de toneladas, 13% a mais que o Brasil. A previsão é que, com o continuo investimento brasileiro, até 2050, 500 milhões de toneladas de grãos sejam exportadas.
Segundo o pesquisador científico e gerente de Inteligência da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, Elisio Contini, o crescimento brasileiro na categoria é superior ao mundial. Enquanto a produção mundial de grãos cresceu, de 2011 a 2020, 2,03% ao ano, a do Brasil cresceu 5,33% ao ano. O que contribui para o aumento da participação brasileira no mercado mundial de alimentos que, nos últimos 10 anos, saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões.
Mesmo sendo o quarto produtor mundial de grãos, a exportação brasileira cresceu, desde 2000, 210%, o que coloca o país em segundo lugar, atualmente.
Tais previsões destacam a importância da produção brasileira para a segurança alimentar do mundo, já que, com os elevados preços internacionais dos produtos e mantendo o padrão de crescimento dos últimos anos, a produção do Brasil deverá atingir 3% de crescimento mundial.
Com o cenário previsto, e com o potencial das novas tecnologias no setor, o pesquisador afirma que estamos nos tornando uma econômica de recursos naturais, o que nos oferece uma “janela de oportunidades de negócios” por, pelo menos, 20 anos.
Considerando, ainda, as vantagens geográficas (devido a extensão de terras que ainda podem ser convertidas para a produção de grãos, diferente dos Estados Unidos, onde as áreas disponíveis para agricultura estão praticamente esgotadas), climáticas e técnicas, e com as devidas melhorias na infraestrutura e no marketing dos produtos, a tendência de crescimento não deve apresentar grandes contrariedades.
A discussão sobre o assunto pode ser aprofundada no estudo “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”, apresentado no site da Embrapa
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