Em 1º de junho se comemora o Dia Mundial do Leite, o alimento mais consumido do mundo. Sua diversidade e notável valor nutricional permitem que ele seja processado e consumido em todas as culturas de diversas maneiras, seja no seu estado líquido original, em pó ou na forma de derivados como o queijo, o iogurte e a manteiga.
A data comemorativa foi definida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO (na sigla em inglês) como uma forma de reconhecer a importante contribuição do setor leiteiro para a sustentabilidade, o desenvolvimento econômico, o sustento e a nutrição mundiais.
Segundo a FAO, o Brasil está entre os cinco maiores produtores de leite do mundo, atrás apenas de União Europeia, Estados Unidos, Índia e China, e à frente de países como Rússia e Nova Zelândia.
A produção leiteira nacional passou a crescer em velocidade apenas a partir do ano 2000, inclusive em produtividade. Passamos de 19,2 bilhões de litros para 33,5 bilhões, em 2017 (IBGE 2018): um crescimento de 74% em 17 anos.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), calculado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), registra uma estimativa de receita de R$ 73 bilhões, em 2020. Isso representa mais 8,6% em relação ao ano anterior. A pecuária bovina tem participação de 25% do VBP e o leite contribui com 12,5%.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), a atividade leiteira no Brasil possui 1,171 milhão de estabelecimentos produtores de leite e está presente em 99% dos municípios brasileiros (IBGE). É responsável pela geração de 4,5 postos de trabalho por propriedade ou estabelecimento produtor, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Isso representa quase 5,3 milhões de empregos diretos e outros milhões envolvidos, indiretamente, nas várias etapas da cadeia produtiva de leite. Entre esses, estão transportadores, pessoal das indústrias lácteas, farelos, laboratórios e farmácias veterinárias, promotores e vendedores de insumos, entre outros.
Os números se tornam ainda mais relevantes levando em consideração que os produtores familiares são responsáveis por cerca de 60% do leite produzido no Brasil. “Além disso, continua sendo um dos principais geradores de emprego e renda no campo, mesmo com a estagnação da produção, por conta da crise dos últimos anos, somada ao atual problema causado pela pandemia de covid-19”, destaca Portela.
Segundo a Abraleite, o país possui, só no Sistema de Inspeção Federal (SIF), 781 fábricas, 275 usinas de beneficiamento/cooperativas e 188 postos de resfriamento de leite, distribuídos nas diversas regiões do Brasil. Portela também esclarece o surgimento de diversas oportunidades no setor, nos últimos anos, principalmente relativas à fusões e aquisições de grandes players mundiais, que movimentam o setor e estimulam o aumento na demanda de leite para os próximos anos. “O grande potencial de consumo, não só do nosso país, mas também de toda a América do Sul, e a grande disponibilidade de áreas já utilizadas na produção de leite vêm atraindo essas movimentações corporativas”, avalia.
Benefícios do leite
O ser humano é o único mamífero que toma leite durante toda a sua vida. O leite materno, primeiro alimento fornecido, é extremamente importante para o crescimento e desenvolvimento orgânico e funcional. É rico em gorduras, vitaminas e minerais que são indispensáveis para o desenvolvimento do sistema imunológico.
O leite permanece ativo e presente na dieta do homem durante todo a sua vida, mesmo que em quantidades menores, se comparadas com o período da infância. No entanto, o consumo de produtos lácteos continua sendo fonte importante de cálcio, vitaminas, proteínas, potássio, aminoácidos e fósforo, tendo eficácia comprovada na prevenção de doenças como obesidade, insônia, artrose e osteoporose.
Fonte: Portal CFMV
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