As exigências ao mercado crescem a cada ano. Um dos pontos em que mais aumentam as exigências é a sustentabilidade. Pensando nisso, a BASF traz suas inovações no setor de aromas e fragrâncias.
*por Yasmin Muniz
Antes de consumir um produto, não podemos negar que a sensação que ele traz ao nosso olfato e ao paladar – quando é um alimento, claro – é um ponto importante para uma tomada de decisão entre indicá-lo ou não para alguém. A indústria de aromas e fragrâncias vivencia cada vez mais uma demanda crescente por ingredientes naturais. No entanto, a variação de qualidade, disponibilidade e sustentabilidade das matérias-primas naturais são um desafio constante.
Nesse cenário, a biotecnologia surge como grande aliada do mercado ao oferecer produtos de alta qualidade e que respondam aos desafios atuais dos clientes. Aqui na BASF, o nosso compromisso com a indústria de aromas e fragrâncias se reflete na otimização contínua de processos e abordagem de inovação, que ganharam alguns reforços nos últimos anos.
Em 2019, nós demos um primeiro passo rumo ao avanço na tecnologia de ingredientes aromáticos baseados em biotecnologia. Conhecida como uma fornecedora líder de ingredientes aromáticos sintéticos, a BASF expandiu o portfólio com ingredientes naturais, como vanilina, nootkatone e valencene. O primeiro ponto consistiu em adquirir a Isobionics, que desenvolve e produz uma ampla gama de ingredientes naturais para o mercado, com foco em componentes de óleos cítricos.
Além disso, a BASF celebrou um acordo de cooperação com a Conagen, líder de pesquisa na área de biotecnologia. Com isso, passamos a atender o mercado com vanilina natural, um dos ingredientes aromáticos com maior demanda de mercado. A nossa versão, a Vanilina Natura F, é ideal para todas as aplicações aromáticas, como chocolate, morango e caramelo, enquanto mantém um rótulo de “totalmente natural”.
Em pouco tempo, as parcerias renderam frutos. Em 2020, a divisão de Nutrição e Saúde e a Isobionics® lançaram o primeiro produto em conjunto, o Isobionics® Santalol. Como uma alternativa ao óleo de sândalo, essa fragrância é produzida numa base biotecnológica a partir de matérias-primas renováveis: o material primário para o processo de fermentação é o amido de milho obtido a partir do cultivo na Europa. Neste processo, uma substância é convertida em outra substância com a ajuda de microrganismos como bactérias ou fungos.
O óleo de sândalo original é extraído da madeira e das raízes da árvore de sândalo branco, que não estão prontas para a colheita até que tenham cerca de 30 anos de idade. A existência desse produto é altamente ameaçada pela sobre-exploração. O sândalo está, inclusive, na Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN). No entanto, a demanda pelo perfume popular permanece sem controle.
O Isobionics® Santalol é um exemplo muito interessante em como a biotecnologia desponta como aliada da indústria de aromas e fragrâncias quando o assunto é sustentabilidade. Esse produto é altamente disponível e preserva os recursos naturais. Ele oferece alta qualidade consistente e não depende de condições meteorológicas e de colheita. Como alternativa ao óleo de sândalo, o ingrediente é particularmente adequado para utilização em perfumes e produtos exclusivos de cuidados pessoais.
Em fevereiro deste ano, foi inaugurada uma planta de destilação para a Isobionics® na Holanda. A empresa foca na força científica e experiência regulatória para agregar valor ao mercado. Para isso, a biotecnologia aparece como um fator importante na otimização contínua de nossos processos e abordagem de inovação rumo a um mercado cada vez mais sustentável.
* Yasmin Muniz, responsável pelo negócio de Aromas da BASF América do Sul