Muitas tendências na alimentação e estilo de vida tem sido incorporadas pela população em todo o mundo. E, a partir dessas tendências muitos termos novos e outros já não tão novos, estão sendo utilizados, porém seu uso e entendimento muitas vezes não é compreendido em sua totalidade.
É o caso do veganismo, celebrado na data de hoje e do vegetarianismo, que surgiram há séculos, mas os conceitos foram evoluindo, assim como suas práticas. Qual a diferença entre eles?
Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o veganismo é um movimento em que seus adeptos evitam todas as formas de exploração e crueldade contra os animais – seja na alimentação, vestuário ou outras esferas do consumo. Não utiliza nenhum tipo de produto ou insumo de origem animal, assim como qualquer outro que tenha sido testado em animais. Já o vegetarianismo é uma escolha alimentar que exclui os produtos de origem animal da dieta, no entanto, há variações de vegetarianismo, conforme:
- Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.
- Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.
- Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.
- Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.
O vegetarianismo surgiu em 1847 quando foi fundada a Sociedade Vegetariana (29 de setembro de 1847) e o nascimento do termo “vegetariano”, uma combinação das palavras vegetal e agrário. As pessoas que começaram com esse estilo de vida, que na época era visto como algo moral, praticavam a temperança, a abstinência e o autocontrole, pois deveriam eliminar o consumo de carne. Durante anos o movimento se firmou, mas após pesquisas científicas, ganhou nova relevância na década de 1970 com o livro Diet for a Small Planet de Francis Moore Lappe, que apresentava bases médicas para adotar essa dieta no dia a dia das pessoas.
O termo vegano foi proposto pela primeira vez no ano de 1944 por Elsie Shrigley e seu marido Donald Watson, pois acreditavam ser necessário estabelecer uma nova palavra para o novo movimento que estava se formando, derivado do vegetarianismo. Assim como os vegetarianos, sua alimentação é baseada em vegetais, com a diferença de que não consomem nenhum produto de origem animal, ou seja, além de eliminar os produtos de origem animal da alimentação, também não usam lã, seda ou couro no vestuário, evitam cosméticos e medicamentos testados em animais, não apoiam diversões com animais como rodeio e circo, assim como não trabalham em qualquer atividade relacionada à exploração animal.
Outro termo que apareceu recentemente é o flexitarianismo, compreendido como um estilo de vida que incentiva a diminuição do consumo de produtos de origem animal, como a carne vermelha e o aumento da ingestão de vegetais preparados de forma saudável. De acordo com sua criadora, a nutricionista Dawn Jackson Blatner, seu objetivo é proporcionar benefícios para a saúde e para o meio ambiente. O nome dessa dieta é uma combinação das palavras flexível e vegetariana e, sem regras rígidas, baseia-se nos seguintes princípios:
- Comer principalmente frutas, verduras, legumes e grãos integrais
- Ingerir cada vez mais alimentos de origem vegetal do que animal
- Evitar consumir carne todos os dias
- Consumir alimentos preferencialmente em sua forma natural e menos processada
- Limitar adição de açúcar e doces.
De acordo com pesquisa divulgada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), cerca de 30 milhões de brasileiros, representando 14% da população, são adeptos da alimentação vegetariana. Deste total, 7 milhões de pessoas se identificam como veganos. Como as principais razões para adotarem o estilo de vida, as pessoas apontam a saúde, sustentabilidade e respeito pelos animais e meio ambiente.
Fontes consultadas: Sociedade Vegetariana Brasileira, Associação Brasileira de Veganismo, FoodNewsLatam, e-cycle