Seis municípios de MG são reconhecidos como nova região de Queijo Artesanal

Na região apelidada de ‘Entre Serras da Piedade ao Caraça’, são produzidos mais de 1,4 mil queijos por mês.

Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Bom Jesus do Amparo e Caeté. Estes seis municípios mineiros foram reconhecidos como a mais nova região de Queijo Artesanal de Minas. O estudo foi feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG), que identificou características únicas no “saber fazer” de queijo na região, batizada como “Entre Serras da Piedade ao Caraça”. Estima-se que atualmente, 1,4 mil queijos sejam produzidos por mês.

O processo de fabricação do queijo, juntamente com a história, a economia, a cultura e o clima da região foram determinantes para o sucesso do produto na região. Informações das famílias envolvidas na produção mostraram que a região Entre Serras da Piedade ao Caraça tem um queijo artesanal único, herdado desde os tempos do Brasil Colonial.    

Legado mineiro 

Fernanda Quadros, coordenadora do estudo e engenheira de alimentos, conta que o objetivo da pesquisa é reconhecer o queijo como iguaria artesanal e de tradição na região. “O reconhecimento ajuda a ampliar a comercialização dos queijos e também é um incentivo à adequação das queijarias às normas da legislação vigente de produção e comercialização, garantindo assim maior segurança ao consumidor”, disse.

Patrimônio de Minas Gerais

O Queijo Minas Artesanal é uma iguaria mineira reconhecida pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Minas tem 13 regiões reconhecidas como produtoras de queijos artesanais.

O mapa dos queijos artesanais do estado registra as regiões de: Araxá, Canastra, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serras de Ibitipoca, Serro, Triângulo Mineiro – reconhecidas como produtoras do Queijo Minas Artesanal (QMA) – e as demais regiões, Alagoa, Mantiqueira de Minas, Serra Geral, Vale do Suaçuí e Vale do Jequitinhonha, como produtoras de queijos artesanais específicos de cada uma.

“Com o reconhecimento, os produtores podem colocar o nome da região no rótulo do queijo. Isso fortalece a marca e agrega valor ao alimento. Percebemos, hoje em dia, que os supermercados, casas comerciais e os próprios consumidores têm valorizado bastante esses queijos artesanais. As pessoas notam logo que se trata de um produto de maior qualidade”, ressalta a coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.

(Fonte:https://www.em.com.br/ março, 2022)

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